segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Zeca Pagodinho em São Paulo


Zeca Pagodinho lança seu novo CD em São Paulo no dia 11 e 12/12 no HSBC Brasil.

Boa noite,

É amigos, ele vem aí.

Zeca Pagodinho é um dos grandes transformadores do samba contemporâneo. Ele consegue conciliar ao mesmo tempo, o antigo e o novo do samba, popularizando e comercializando-o em todos os níveis sociais e esferas. Há muitas pessoas que torcem o nariz para o sambista, por rotular seu samba apenas como pagode, como se fosse um estilo menor do samba. Acho que todos temos direito a gostar ou não de algo, mas um bom sambistas querer criticar o repertório e composições de Zeca Pagodinho é quase dar um tiro no próprio pé.

Vou me explicar melhor. Muitas pessoas gostam de Cartola, Noel Rosa, Monarco, etc, pois dizem que eles são compositores de samba de raiz, como se samba de raiz tivesse que ser antigo para ser de raiz. E o pior, como se um sambista escolhesse qual tipo de samba fará para o resto da vida. É claro que estes artistas possuem um estilo próprio, mas muitos sambistas vão do partido-alto ao samba canção, do jongo ao sincopado. Pois o rótulo é dado pelo crítico e não pela inspiração de momento do cantor.

Há quem critique o estilo de samba de Zeca, Fundo de Quintal e outros mestres, pela felicidade e partido alto que imprimem às músicas e estas canções acabam “proibidas” de círculos pseudo intelectuais, pois o velho samba já é reconhecido e é mais fácil cultuá-lo. Pois bem, uma das música que projetou o Zeca Pagodinho foi “Coração em desalinho”, que foi composta pelo sambista de raiz e mestre da Portela, Monarco. “Minha” é outra música que foi interpretada pelo cantor e fez grande sucesso, e pertence ao compositor Cartola. São muitas as composições em que Zeca readapta o samba ao seu estilo e canta antigos compositores do samba.

A questão é que Zeca é um ser orgânico, assim como o samba, e nas suas andanças pelo Rio de Janeiro, de sua procedência em Xerém, ele convive com muitos que poderão ser novos Cartolas, Noel, entre outros, mas com as características do samba atual. Por isto também grava a “nova” geração do samba, para nomear alguns nomes típicos nos CDs do Zeca: Luiz Carlos da Vila, Serginho Meriti, Mauro Diniz, etc. Cabe lembrar que Cartola, Noel, Candeia, entre outros sambistas, morreram sem a fama e o merecimento que têm hoje.

E como o samba é uma corrente, o elo continua se formando sob a batuta de um dos maiores intérpretes do Brasil, e não só de samba que é o Zeca. Aos que criticam o “jabá”, regravações exageradas e utilização da imagem do cara, também concordo, mas vivemos em um mundo capitalista e o artista muitas vezes não pode, ou não quer, se privar de ganhar bem e fazer sucesso. Como diria Tom Jobim, os críticos brasileiros sofrem da fracassomania. Como se fosse bom somente o que poucos escutam e conhecem, ou o que vem de fora do país.

O sambista é a abertura para diversos novos compositores de conseguirem uma projeção nacional, que o diga Paquera do Samba da Vela que já teve uma composição do artista, que o diga “Trio Calafrio” com a gravação de “Dona Esponja”, que diga Luiz Carlos da Vila, um dos grandes sambista contemporâneos e que vem sendo imortalizado em composições como Cabô Meu Pai e Então Leva, uma em parceria com Moacyr Luz e outra com Bira da Vila. O samba de Zeca é democrático, vem do intelectual Chico Buarque, que ele regravou com a noelesca “Rita”, ao popular “Samba para as moças” (Incandeia) do baiano Roque Ferreira.

Aos que quiserem se inteirar um pouco mais sobre a continuidade dos sambas e suas correntes, indico o excelente livro “Heranças do Samba” que conta um pouco das correntes do samba e como elas continuam sendo continuada por anônimos que trabalham como formiguinhas para manter a chama do samba acesa. O livro foi redigido por Aldir Blanc, Luiz Fernando Viana e Hugo Sukman.

Uma Prova de Amor ao Vivo MTV

Sobre o novo CD do Zeca, é mais um “caça níquel” da MTV com excelente qualidade. CD gravado em julho deste ano, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, e faz referência ao show do álbum anterior: Uma Prova de Amor. O disco, que corre estrada há um ano, segundo Zeca, é uma prova de amor às mulheres, ao samba e à religião. Revelando talentos escondidos pelas esquinas, botequins, vielas de favelas como Toninho Geraes, Alamir, Zé Roberto, Maurição, Serginho Meriti, Bira da Vila, entre outros. Excelente presente de natal e para amigos secretos de fim de ano.

Outros links úteis:
http://guia.folha.com.br/shows/ult10052u469164.shtml
http://www.zecapagodinho.com.br/artigo-blog/um-prova-de-amor-ao-vivo-ja-nas-lojas
http://www.ticketmaster.com.br/shwReleaseDetail.cfm?releaseID=2529&gclid=CJfL5Kzwsp4CFUsf7godEE7MkA


Quem: Zeca Pagodinho
Quando: 11 e 12/12
Onde: HSBC Brasil
Quanto: de R$ 70 a 160 (inteira)





Um comentário:

O Homem que Engarrafava Nuvens disse...

Olá

Me chamo Thays Py... trabalho na agência de publicidade Núcleo da Idéia Comunicação e faço parte da equipe de divulgação do filme O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS. Foi feito exclusivamente para o filme um show em homenagem a Humberto Teixeira que contou com a participação ... Esse show só será divulgado no nosso blog com o evento ShowBlog e gostaria de estabelecer uma parceria com você nessa divulgação. Por favor me envie o seu email para contato.
Aguardo o seu retorno para que possamos divulgar a cultura brasileira e principalmente a homenagem que grandes artistas fizeram a Humberto Teixeira.

Atenciosamente,
Thays Py
Mídia Social – Núcleo da Idéia Comunicação
Mkt7@nucleodaideia.com.br