sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fabiana Cozza hoje - 30/01


Boa tarde senhores,

Hoje a noite haverá uma grande surpresa no Ó do Borogodó. Fabiana Cozza retorna as origens e bota o som em dia na noite da Vila Madalena.

O show é imperdível nesta casa de samba que é pequena e enche rápido, por isto é indicado chegar cedo.

Onde: Ó do Borogodó
Quando: hoje 30/01
Quanto: R$ 20

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Nelson Sargento - 29 e 30/01


Boa noite,

Nesta semana teremos o show de um dos ícones do samba brasileiro. Nelson Sargento, 83 anos de puro samba e malandragem. Integrante do celébre grupo "A Voz do Morro" coleciona sucessos como: "Agoniza mas não morre", "Injúria", "Falso amor sincero", entre outras.

O compositor da Mangueira fará um show que conta com o repertório do mais recente disco de Sargento, intitulado "Versátil".

Quando: 29 e 30/01
Onde: Sesc Vila Mariana
Horas: 21h
Quanto:R$ 15 inteira

domingo, 25 de janeiro de 2009

A gênese do samba

Boa noite!

Fui convidado recentemente para escrever em um site muito interessante que gostaria de dividir com todos o link: Guia de Concursos Literários. Desculpe pela pretensão deste blogueiro, mas espero que gostem do texto que escrevi e que mensalmente será atualizado.

Agradeço ao amigo Alemão (Ricardo Flaitt) idealizador do site e que me fez o convite.

Segue o texto:

A gênese do samba

"Quero fechar a ferida
Quero estancar o sangue“

Já passava das três horas da manhã. A noite se prolongava enquanto a tela do computador aceso tocava o som de um samba de Paulinho da Viola. A noite anterior havia sido perdida, o show do Elton Medeiros, o som do carro, a porta batendo e a moça saindo para nunca mais voltar.

O samba tem destas coisas. É o canto de alegria, é batucada, é cerveja, é roda, mas é principalmente a dor primária do ser, o sentimento bárbaro, a tristeza. Não me venham dizer o chavão “dor de corno”, a dor pode até ter a ver com isto ou não, mas ela é um sentimento próprio, ela é a tristeza por si mesma.

O português, maior colonizador brasileiro, sabe bem disto e canta a dor como uma passagem. Assim como os mulçumanos que por muito tempo dominaram Portugal e que entregaram aos nossos ancestrais as sábias poesias e a linda forma de expressar a vida em relação à natureza. A dor é a parte de um ciclo, de um ressurgimento. Tristeza não tem fim, felicidade sim.

O samba é triste por natureza. O samba é triste e se encontra na solidão. Paulo Cesar Pinheiro, Vinícius de Moraes, Cartola, Arlindo Cruz, grandes tristonhos como todos nós que habitamos a Terra. Eu tenho tristezas, você tem tristeza, ela tem tristezas e por isto esta identificação tão grande com a forma de cantá-la e extravasá-la.

É como se minha alma ficasse retida, meu corpo vazio, e as notas de samba a me tomar a vida. O cordel que se repete, a forma alegre de cantar as agruras da vida, o copo vazio do bar e por fim a noite escura a se anunciar.

Vejam só quando o samba rompe em um grande refrão, observem, os braços das pessoas se erguem como um culto! Mesmo que estejam felizes, mesmo que estejam na normalidade, se estiverem entregue ao som que sai das cordas do cavaquinho, sentirão como eu a epifania da dor, um transe coletivo que sai dos coros dos “laralaíás”. A doce inebriante sensação de se entregar e se purificar com a troca de sensações com a música. Difícil descobrir quem se entrega a quem.

Alucinação? Ufanismo? Pode ser que sim, a questão é que este ritmo é ancestral, um ciclo que não pára e não se rompe. Novos sambistas cantam velhos sambistas. Novos sambistas reinventam velhos sambistas, os verdadeiros sambas são todos irmãos e filhos da dor. E sabem por quê? Porque todos sentem a mesma dor, a dor ancestral do português, do negro, do muçulmano e que se traduz neste ritmo criado por esta miscigenação.

E se ainda assim, alguém atirar alguma pedra contra o que sinto em relação ao samba. Deixe estar, deixe falar. Parafraseio Paulo Cesar Pinheiro: "Nada que existe é mais forte/ E eu quero aprender-lhe a medida / De como compor minha vida / Que é para eu compor minha morte."

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Mercadão dá Samba‏



O velho senhor, “Mercado Municipal Paulistano”(vulgo mercadão), fará 76 anos no próximo domingo - 25/01 - , mesma data em que se é comemorados os 455 anos da cidade de São Paulo.

A comemoração será feita no sábado e madrugada de domingo com muito samba e uma lista especial de artistas legitimamente paulistanos, destaque para: Quinteto em Branco e Preto, Jair Rodrigues, Dona Inah e Germano Mathias. A festa é imperdível.

Segue abaixo a programação completa dos shows, com os horários estimados:

12h - Chorinho da Contemporânea
15h - Berço do Samba de São Mateus
17h - Samba da Laje
19h - Samba da Vela
21h - Quinteto em Branco e Preto
22h30 - Trovadores Urbanos
0h - Queima de fogos
0h30 - Jair Rodrigues, Dona Inah e Germano Mathias

Onde: Mercado Municipal Paulistano - Rua da Cantareira, 306
Quando: 24/01
Quanto: de graça!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Hoje tem Mart´nália


Mart´nália,

Nome miscigenado do pai “Martinho” da Vila e da mãe Anália. Nome feito para brilhar. Nome desta que é uma das grandes revelações da música brasileira.

Mart´nália compõe há muito tempo, tendo seu primeiro álbum, “Minha cara”, gravado em 1997 – já havia feito um outro em 1987, mas a cantora mesmo o desconsidera. A cantora não emplacou nesta época. Mesmo tendo composições que se tornaram famosas depois, Mart´nália ainda não era madura musicalmente e os arranjos e balanço que a determinam hoje, não passavam de esboços no álbum "Minha cara".

Foi com “ Pé do Meu Samba” que Mart´nália conseguiu o status de revelação. Dirigida musicalmente por Caetano Veloso suas composições ganharam corpo e principalmente uma percussão fortíssima e ancestral que a transformou em uma compositora com a cara do RJ. Isto foi reforçado no álbum seguinte “Menino do Rio”, onde sobre a direção de Maria Bethânia fez um de seus melhores álbuns.

O show de hoje e amanhã que acontecerá no Tom Jazz é do novo álbum “Madrugada”, no meu modo de ver um álbum apenas mediano onde a cantora fugiu um pouco do que vinha seguindo. De qualquer forma o show é imperdível, pois o local permite grande proximidade com a cantora e sua excelente banda e principalmente “cozinha” (percussão).

Onde: Tom Jazz
Quando: 21 e 22/01
Quanto: R$ 80

domingo, 18 de janeiro de 2009

Teresa Cristina, coisa rara.


Há algum tempo fui ao RJ e ao chegar busquei por opções de samba. Liguei no Carioca da Gema, casa bem turística, mas que apresenta excelentes sambas, e perguntei qual seria a boa da semana. O atendente com o costumeiro jeito carioca me disse:

- Hoje tem Teresa Cristina e Grupo Semente, ela é tipo um Paulinho da Viola de saias.

Ainda sem conhecer muito a sambista dei risada do que aquela pessoa falou e fui ver o show a noite. Desde então já não acho a comparação tão absurda. Teresa Cristina é coisa rara no samba e na cena musical brasileira. Cantora, excelente compositora e que vem ganhando cada vez mais corpo na história do samba.

Já possui diversos álbuns, entre eles um duplo em homenagem a Paulinho da Viola e um ao vivo com os principais sucessos. A cantora é autoral, mas também canta grandes sambistas como Argemiro Patrocínio, Seu Jair do Cavaquinho, entre outros.

Emocionante é ver Teresa cantar com seu charme e candura que enebriam os ouvidos e aquecem a alma. Teresa Cristina é o samba na sua mais profunda delicadeza.

Segue a linda música "Depois de tanto amor" de Paulinho da Viola.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ele voltou


Sim meus caros amigos, ele voltou. Ele que as sábados aquece o centro de São Paulo como um coração. O Você Vai se Quiser está de volta.

Com Tito fazendo a abertura e com a Graça do meio para o fim do samba. O lugar continua sendo uma das boas referências de diversão e bom samba.

Quando: todo sábado a partir do dia 17/01.
Onde: Rua João Guimarães Rosa - rua sem saída que fica na rua debaixo da Caio Prado.
Quanto: era R$ 12, espero que continue assim.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Prestação de contas - CCBB



Mais uma prestação de contas deste blogueiro.

Desta vez o tema são os shows que estão acontecendo no CCBB. O lugar é próximo ao Largo São Bento, de fácil acesso pelo Metrô. O horário (19h30) não é dos mais convidativos, mesmo porque o lugar enche de velhinhos com tempo para passear, mas o projeto e os shows parecem que serão sensacionais. Pelo menos o primeiro foi.

Naquele velho casarão com excelente acústica, todos bem próximo ao palco, o show se iniciou com um curta metragem sobre o Geraldo Filme um dos mais importantes compositores paulistanos. Em seguida surgem os meninos do Quinteto em Branco e Preto com uma bela canção do compositor.

No meio do show a grande Fabiana Cozza é que assume o palco com o acompanhamento do Quinteto.

Na próxima terça é o Samba da Vela e Osvaldinho da Cuíca que fazem as vezes. Imperdível!

Seguem vídeos feitos por este blogueiro com alguns momentos do show. Aproveitem!



terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dica da semana - Diogo Nogueira na Quadra da Vila Maria



Boa noite,

O ano está começando bem. Depois dos shows do CCBB com a homenagem a Geraldo Filme, os ensaios da Rosas de Ouro que são muito bem estruturados acontecerá uma grande surpresa aos sambistas paulistanos.

No sábado na Quadra da Unidos da Vila Maria será comemorado o 55 aniversário da escola, com a presença ilustre de Diogo Nogueira. Filho do genial João Nogueira, vem se desenvolvendo como sambista e criando sambas para Portela além de cantar muito bem.

Onde: Quadra da Vila Maria - Rua Cabo João Monteiro da Rocha, 448
Quando: 10/01
Quanto: R$ 20 - porém melhor comprar antecipado. Só será vendido na quadra da Escola e na Padaria Jussara também conhecida no bairro.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Almir Guineto é fundamental


Boa noite,

Hoje vou falar de um destes mestres do samba. Podem me chamar de louco, podem me chamar de ufano, mas Almir Guineto atualmente é um dos grandes chamarizes e a força que príncipia das camadas populares e do samba.

Nascido no morro do Salgueiro, filho de "Dona Fia" e de um respeitado violonista o jovem se destacou já aos 16 anos quando já fazia parte dos "Originais do Samba" que para curiosidade de alguns, era grupo também do Trapalhão Mussum.

Para os que criticam o samba popular e preferem exaltar renomados nomes da história, Almir Guineto dá suas cartas por ser um excelente cavaquinista e violonista, além de já ter comandando por 15 anos nada menos que a bateria do Salgueiro. Foi o grande inovador quando com Arlindo Cruz, inseriu o banjo na toada do samba e criou a sonoridade dolente e ótima para acompanhamento.

No Cacique de Ramos participou ativamente da revolução provocada na corrente do samba, quando nos anos 80 o samba de partido alto retomou o seu valor e tomou o cenário nacional com expoentes como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, entre outros.

Sim, Almir Guineto é sambista completo. Intérprete, compositor, arranjador, parceiro e humilde. Que me perdoem os sábios, mas Almir Guineto é fundamental.

Me desculpo aos leitores por não conseguir avisar a tempo, mas destaco abaixo alguns vídeos realizados no show de Almir Guineto no Sesc Pompéia dia 03/01/2009.



sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O samba continua...


Adeus ano velho, feliz ano novo!

E feliz mesmo. Estou desde o dia 26/12 em um intercâmbio no RJ, voltarei com muitas novidades, vídeos e rodas de samba para dividir. O RJ não pára de criar novas possibilidades e encanta com as diversas rodas que se popularizam por todos os cantos da cidade e dia.

Mas abri uma excessão em minhas férias para dividir com vocês o primeiro grande projeto do ano:É Tradição e o Samba Continua. O projeto reunirá sambistas paulistas de várias gerações no palco do CCBB, em dez apresentações. O grande homenageado é o excelente sambista Geraldo Filme (1928-1995).

A temporada segue até o dia 3 de fevereiro, sempre às terças-feiras, com apresentações às 13 horas e às 19h30.

06/01 - Quinteto em Branco e Preto e Fabiana Cozza
13/01 - A Comunidade Samba da Vela e Osvaldinho da Cuíca
20/01 - Berço do Samba de São Matheus e Dona Inah
27/01 - Samba da Laje, Teroca e Velha Guarda da Camisa Verde e Branco
03/02 - Pagode da 27, Graça Braga e Chapinha, participação de Mestre Sala e Porta Bandeira Mirins.

O destaque fica para a abertura imperdível de Quinteto em Branco e Preto e Fabiana Cozza e para o baixo preço dos ingressos. Encontro vocês lá.

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (www.bb.com.br/cultura): Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Tel: (11) 3113-3651.
Quando: Terças-feiras – às 13 horas e às 19h30.
Quanto: R$ 6,00 e R$ 3,00 (¹/2 entrada)