segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ensaios de Escola de Samba de São Paulo - Carnaval 2011


Boa noite,

O ano de 2011 vem se aproximando e é hora de já pensar no ano que se aproxima. Por isto a partir de hoje, na coluna lateral direita terá um especial com as datas, endereços e horário de todas as escolas de samba que estão na primeira divisão da liga paulistana de carnaval.

Não é nenhum preconceito contra nenhuma escola que está no grupo de acesso (inclusive a tradicional Camisa Verde e Branco), somente um critério para deixar o blog com as informações mais procuradas.

Lembrando que temos atualmente temos 14 escolas disputando a liga principal e que desfilarão na seguinte ordem:

Grupo Especial

Sexta-feira, 4 de março  
23h - Unidos do Peruche
0h10 - Tom Maior
1h05 - Acadêmicos do Tucuruvi
2h - Rosas de Ouro
2h55 - Mancha Verde
4h00 - Vai-Vai
5h05 - Pérola Negra 

Sábado, 5 de março
22h30 - Nenê de Vila Matilde
23h25 - Águia de Ouro
0h20 - Mocidade Alegre
1h15 - Unidos de Vila Maria
2h10 - X-9 Paulistana
3h05 - Gaviões da Fiel
4h10 - Império de Casa Verde

Basta escolher a escola de seu coração, da sua região e sair sambando.

Bom pré carnaval a todos nós!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Roberta Sá e Trio Madeira no Sesc Pompéia


Boa noite amigos do samba,

O ano começa com o a boa notícia do showzaço da Roberta Sá no Sesc Pompéia. É a hora de quem não quis pagar caro ver a cantora, não ter mais do que reclamar.

Neste show, a cantora se une ao Trio Madeira: Marcello Gonçalves, Zé Paulo Becker e Ronaldo do Bandolim, para divulgar o repertório do disco “Quando o Canto é Reza”, com o universo musical do compositor baiano Roque Ferreira.

Com treze canções, oito delas inéditas, o álbum, lançado em agosto do ano passado, mistura a simplicidade da música de Roque, que já foi gravado por Clara Nunes, Maria Bethânia, Alcione e Zeca Pagodinho, com os arranjos sofisticados do Trio Madeira Brasil, passando pelo coco, o maxixe, o samba carioca, o maracatu, o ijexá, a ciranda e o afoxé.

Com produção de Pedro Luís e direção musical de Marcello Gonçalves, “Quando o Canto é Reza” abre espaço para a música instrumental, equilibrada com a voz de Roberta. Entre as músicas estão “Água da minha sede”, que deu nome a um dos discos de Zeca Pagodinho, e “Mandingo”, parceria do compositor com Pedro Luís.

Com certeza um dos melhores discos de samba do ano. Imperdível!

Quem: Roberta Sá e Trio Madeira
Quando: 06, 07 e 08/01 – 21h
Quanto: R$ 32 inteira
Onde: Sesc Pompéia

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fabiana Cozza e Banda Mantiqueira no Sesc Belenzinho


Boa noite,

Neste final de semana tem mais homenagens de qualidade à Noel Rosa e Adoniran. Dois artistas de peso no samba, com repertório bem distinto entre eles, mas ambos com características bem críticas no olhar à sociedade.

E desta vez, e mais uma vez, a sensacional Fabiana Cozza comanda a homenagem acompanhada da excelente Banda Mantiqueira, big band paulista, fundada na década de 1980. Com arranjos do clarinetista Nailor Proveta, repertório inclui clássicos como Saudosa Maloca, A Estrela Dalva, Samba do Arnesto e Palpite Infeliz, além composições de outros autores. Imperdível!

Ps: vale a pena para conferir também o novo Sesc Belenzinho, que dizem que ficou deveras bonito.

Quem: Fabiana Cozza e Banda Mantiqueira cantam Noel e Adoniran
Quando: 18 e 19/12 – 21h e 18h respectivamente
Quanto: R$ 32 (inteira)
Onde: Sesc Belenzinho - Rua Padre Adelino, 1.000

Confira Fabiana Cozza

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Samba com Pedro Miranda na Aldeia Turiassú‏

Boa noite,

Pedro Miranda é um dos expoentes da nova geração da Lapa carioca. Ritmista, compositor e cantor de primeira, Pedro Miranda fez parte durante muito tempo do grupo Semente, grupo este que acompanha Teresa Cristina, cantora que dispensa apresentações.

Com Teresa Cristina sempre fez duetos, e até mesmo canções somente com ele, com tons mais hilários e engraçados, e sempre buscando nas raízes diferentes canções. No excelente CD Pimenteira, Pedro Miranda, segue a toada e junto a Paulão 7 cordas (no CD) criou um álbum elogiado por toda crítica, mas ainda não tão popular entre os sambistas.

O cantor se apresenta desta vez na Aldeia Turiassú, e informações dão conta que o show terá quase 3 horas de bom samba, e o salão estará aberto aos que gostam de dançar.

Quem: Pedro Miranda
Quando: sexta-feira 10/12 – 24h
Onde: Aldeia Turiassú
Quanto: R$ 25 H e R$ 20 M – nomes na lista (R$ 5 de desconto) no link: http://www.magnofestas.com.br/progSambaRock.php 

Confira Pedro Miranda

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Escuta o Cheiro


 Boa noite,

Hoje vou falar de uma roda interessante que visitei no mês passado. 

Estava voltando da minha cidade natal (Mococa), quando vi no Facebook uma amiga dizendo que estava indo para o “Escuta o Cheiro” em Sousas, região metropolitana de Campinas. 

Já havia recebido a notícia de alguns amigos de Campinas falando deste samba, prá lá de charmoso, que estava animando os últimos domingos do mês com uma roda no período da tarde.

A chegada foi tranquila, e encontrar a casa foi fácil, até para uma pessoa que como eu, nunca havia estado em Sousas. A casinha vermelha em um bairro tranquilo não parecia o samba que eu procurava, mas ao adentrar no quintal, desta quase chácara, pude avistar o que tanto atraia as pessoas da região. 

Árvores, mato, terra, e um ambiente familiar e agradável transformam o lugar num samba dos mais simpáticos e confortáveis a se conhecer. As pessoas de pés descalços e a proximidade entre os envolvidos num clima cheio de respeito e culto ao samba dão o tom e no repertório grande sucessos da história do ritmo embalam os mais animados.  

No cardápio feijoada, galinhada e um prato vegetariano. Um balanço de pneu amarrado nas altas árvores fazia a felicidade das crianças. Registrei alguns momentos do samba e do local, que podem ser conferidas no Flickr na faixa lateral direita, para que outros amantes conheçam e principalmente desfrutem deste samba. 
 
Viva Campinas e seus polos sambísticos! Viva o Escuta o Cheiro! 

Quem: Escuta o Cheiro
Quando: último domingo do mês, em dezembro será no dia 12/12
Quanto: R$ 12
Onde: Rua dos Expedicionários, 544 – Sousas

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Moacyr Luyz comanda o samba no Pirajá


Boa noite amigos do samba,


Primeiro gostaria de agradecer ao recorde de acessos conquistado durante a semana de comemoração ao Dia do Samba. É com muito prazer que divido com todos esta paixão pelo samba, e os acessos da semana passada provam que esta paixão possui uma massa em São Paulo e que não para de crescer.

E dando continuidade ao que o samba nos traz de bom, a grande pedida desta semana será o samba que acontecerá no Pirajá Bar.

Para alguns pode causar certo espanto um samba no Pirajá, mas para antigos conhecedores do bar, sabe-se dos projetos como o Esquinas Cariocas, que aconteceram de tempo em tempos e que gerou a gravação de um célebre CD, com as presenças de artistas do quilate de Beth Carvalho, João Nogueira, Dona Ivone Lara, Luiz Carlos da Vila, Walter Alfaiate e Moacyr Luz. Um clássico do samba.

Por una coincidência, ou não, o convidado principal deste sábado no Pirajá, será o ilustríssimo Moacyr Luz, que estará acompanhado das jovens damas do samba: Ana Costa, Mariana Baltar e Verônica Ferriani.

Imperdível!

Quem: Moacyr Luz convida Ana Costa, Mariana Baltar e Verônica Ferriani
Quando: sábado, 11/12
Quanto: grátis
Onde: Pirajá Bar – Av Faria Lima, 64

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Dia do Samba


Boa noite amigos do samba,

Agradeço ao samba pela paixão que sinto em minhas veias ao ouvir o romper de uma batucada.

O samba está na alma de quem sabe senti-lo, está no sorriso malandro do pandeirista, e aos amantes do samba, só resta se entregar ao copo e ao corpo. As noites de samba são eternas, e a roda nunca morre. E parafraseando Paulo Cesar Pinheiro: "eu quero aprender-lhe a medida, de como compõe minha vida, que é para eu compor minha morte".

Salve o samba.

Texto inicial do livro "Heranças do Samba"para compartilhar a todos amantes do samba. Feliz Dia do Samba a todos nós.

Mais do que uma arte

"'Flores em vida para Nei Lopes
Em memória de Anescarzinho do Salgueiro'

Falo do samba. Que outra forma de expressão é mais completa? O samba dialoga com a divindade, abraça o solo, envolve-se com águas, é verde antes da moda, vermelho antes da decepção, azul porque anteblue, amarelo porque dissidente, branco porque reunião, e negro porque um negro é um negro, é um negro, é um negro, negronoite, e a noite é a mãe de todos nós.

O capital não tem pátria. O samba tem: a alma, onde quer que ela esteja. Há os que se julgam remadores em direção ao futuro. Não sabem que o samba lhes esculpiu o barco. O fazer samba implica sempre ato de magia: é voltar. E como a essa esplêndida viagem se opõem o tempo e a ciência, o samba, encrenqueiro, volta para o futuro, numa reconquista do paraíso perdido, na qual temos que tomar conta de nossos ancestrais-bebês, sabendo que, em outro futuro próximo, as gerações vindouras chegarão para nos alimentar. Esse é o paradoxal ciclo aberto do samba. Porque o samba, mais que feitio de oração, nos ajuda a atravessar o vale da morte e das lágrimas, a lama da impunidade, o limbo das esperanças perdidas. O samba preside o nascimento e celebra o gurufim dos seres. Em linguagem cósmica, o samba estava na primeira explosão e estará no último gemido. Em todos os recantos onde nos expandimos ou onde nos confrangemos existe samba.

Heranças não pretende só recosturar tramas em direção as raízes, mas principalmente fazer com que as copas floridas se misturem e confraternizem, gerando a fecundação simultânea de idéias e ideais, cujas palavras alegre de desordem e de vento sejam: não confinar, não murar, não cercear. Que os vampiros enfiem as estacas vã-guardadeiras no solo crestado de suas próprias igrejinhas.

Muito se falou sobre liberdade de expressão, sobre a ação de patrulhas ideológicas e, no entanto, não apareceram os textos que deveriam denunciar os guetos-quilombos que se criaram devido ao isolamento, à sistemática descaracterização de nossa cultura, a violências de toda ordem, até que, exauridos, fomos entregues de bandeja a manifestações pretensamente modernas que visavam ao lucro selvagem, que fomentavam as falsas crises da nossa imbatível criatividade, religiosa, erótica, social, maior que uma arte. Alguns ingênuos foram cooptados, a preço de banana, por esse imediatismos de miçangas-pop, desmembrados no caos de uma oficina de desmonte que colhia talentos como se fossem peças de segunda mão. O que esses adoradores do presente ignoram é que samba cresce com a cachoeira e o monturo, o córrego e a vala, na cidade e no campo, na paz e na guerra.

Por quantas estradas e vielas passem as caravanas congratulatórias e o seus patrocinadores, o sambamaqui, como um cão, estará emboscado com criatividade de fato e de direito.

Fazer justiça ao camelo não significa limar o dromedário do circo. Macacas de auditório, sejam bem-vindas, mas não paguem mico!"

Aldir Blanc – Livro Heranças do Samba (Aldir Blanc, Hugo Sukman e Luiz Fernando Vianna)