segunda-feira, 12 de abril de 2010
Prestação de Contas: Terreiro Grande e 7 anos de Você Vai Se Quiser
Boa noite,
Começo de tarde do sabadão e o samba prometia esquentar. Almoço leve e a correria com uma só certeza: era dia de samba na cidade.
Do metrô Ana Rosa, fui direto ao Shopping Metrô Tatuapé, de onde com uma caminhada de 10 min se pode chegar à uma das melhores e mais originais rodas de samba da cidade, Terreiro Grande.
O local do show é o Bar Patriota, que fica na rua Jarinú, esta mesma rua que abriga grande parte dos ouvintes do samba, uma vez que o bar/boteco é pequeno e a roda ocupa quase todo espaço. As pessoas na rua e em volta do bar podem não se importam e se contentam com a batida de maracujá, a cerveja a R$ 3,50 e principalmente a excelente roda que desenrola sambas perdidos no tempo e que relembram o começo de Portela, Estácio, Mangueira, ou seja, as raízes do samba.
Terreiro Grande
A roda que acontece uma vez por mês, promovia o lançamento do grupo com a cantora e fomentadora do samba Cristina Buarque que estava presente e que conhecia as diversas - mas diversas mesmo - músicas que o grupo tocava. O CD em homenagem a Candeia, mostra o respeito e origem do grupo e qual a sua linha de atuação.
Por volta das 19h não podia deixar de comparecer para a roda onde me considero em casa, afinal de contas o Você Vai Se Quiser estava completando nada menos que 7 anos e posso dizer que boa parte destes anos. foram divididos com os meus sábados e embriaguez de samba. Local de onde o repertório me toca de forma intensa e de onde reconheço a força do samba paulistano e minha essência.
Ao chegar pelo metrô República já entrei com a Graça soltando a voz e reconhecendo em todos que ali estavam o sucesso da casa e a simpatia do local. Além da Graça os tradicionais Batata e Tito Amorim fizeram as vezes dos representantes do local e animaram o público presente. Com direito a muitas bexigas na cor da Nenê da Vila Matilde e bolo especial que foi dividido com todos.
Graça Braga
O Você Vai Se Quiser, como o próprio nome diz, é um local democrático, onde o samba é cantado de voz em voz e onde a entrega de cada um é que faz do local o ponto de encontro do samba ao sábados. Pois você, assim como eu, assim como tantos, será sempre bem vindo. Porque o samba é raiz, é de quem faz, mas é também de quem o descobre e o adota.
Salve o samba paulistano! Do Tatuapé ao Centro, de São Mateus a Santo Amaro, de Santo André a Osasco. Cada qual que ache o seu reduto e bom samba a todos nós!
Batata
Tito Amorim
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