quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Prestação de contas - Paulinho da Viola


Não tem serra que derrube,
não tem guerra que desmate
ele pesa sobre a pele
mais que a lei de gravidade


Paulinho da Viola se apresentou em São Paulo de mansinho, sem alarde, mas de uma hora para outra todos os interessados sabiam e sua presença era aguardada em São Paulo.

Senhor de poucos shows, o cantor é destes que pela sua profundidade e importância, mesmo em doses homeopáticas, pode mudar seus sentidos e te surpreender. Foi assim que me senti ao ouvir ele cantar músicas como "Foi demais", "Sei lá Mangueira" e muitas outras, talvez todas.

É como se tudo fosse novo e diferente, na voz e na sutileza que é a música, a pessoa e a poesia deste sambista. As histórias são graciosas, o tempo é outro, Paulinho e sua música são um ritmo só. E participar disto é uma experiência e tanto.

Chamado por muito de príncipe do samba, ele carrega esta monarquia que as tradições do samba estabelecem. Assim como a majestade Paulo da Portela ou, o também príncipe, Roberto Silva. Que foi lembrado pelo cantor quando gritaram o seu apelido no show.

Indico o filme/documentário "Meu tempo é hoje", onde se percebe claramente quem é este artesão da música. Que demora até 6 anos para compor um "simples" samba. Como contou na parceria "Ainda mais" com Eduardo Gudin.

O show terminou mas o efeito Paulinho ainda não. "Para um amor no Recife", "Recomeçar", "Depois da vida", são tantas músicas a descobrir e redescobrir neste universo fértil do compositor.

Salve o Príncipe do Samba!

Paulinho da Viola canta "Foi demais"

3 comentários:

Zé disse...

Mais uma vez vejo o sucesso do Samba Cidade! Link no Twitter do Paulinho da Viola,ein! Parabéns Renato!

Samba Cidade disse...

Querido Zé, nem te conto a surpresa em ver o blog no twitter do mestre. Nem sei se é dele, equipe ou outro amante do samba. Mas fiquei muito feliz. E vamos embora que ainda há muito samba pela frente.

Duda Freire disse...

Ótimo show, excelente texto! Continue assim, entusiasta da boa música brasileira.